DAE faz vistoria em toda cidade e encontra número assustador de hidrômetros danificados

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Quase 1500 hidrômetros na cidade estão estragados e já começaram a ser trocados pelo DAE, que pretende regularizar esta situação, até julho de 2022

 

(Texto DAE) Uma das ações da nova diretoria do Departamento de Água e Esgoto, previstas para acontecer durante este ano, seria um levantamento completo do sistema hidrométrico na cidade e zona rural. A inovação parte de um bom plano de hidrometração, que pode evitar falhas, contemplando prazos de uso, fiscalização e manutenção adequada, impedindo perdas de faturamento e detecção de possíveis vazamentos, ligações clandestinas, ou irregulares.
O diagnóstico, que começou em fevereiro deste ano, apontou que Tupaciguara tem hoje 9.797 (nove mil, setecentos e noventa e sete) imóveis hidrometrados. Destes, quase 1500 hidrômetros não permitiam leitura correta e apresentavam-se: quebrados, travados, violados, com visor branco ou dentro dos imóveis, impossibilitando leitura.
Por conta disso, o setor de fiscalização do DAE se intensificou e neste diagnostico, constatou-se a crescente violação de hidrômetros na cidade. O modo mais comum de agir dos infratores, além da quebra de lacre, é a da cúpula, onde os infratores colocam objetos para travar os ponteiros do relógio, impedindo o registro de consumo, o que é crime e tem gerado Boletins de ocorrência, onde, comprovada a culpa, o responsável responderá criminalmente.
Em situações onde são detectadas ações contrárias à Lei, o DAE tem agido e vai agir de modo enérgico. A água é considerada um patrimônio público e eventual artifício usado para alterar o consumo nos hidrômetros, considerado furto. Essa prática é enquadrada no Código Penal Brasileiro – no artigo 155, parágrafo 3º – que prevê que: “equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico”. A pena prevista na lei é reclusão de um a quatro anos e multa no valor de R$ 110, 88 (cento e dez reais e oitenta e oito centavos).
Somente este ano, Cerca de 150 hidrômetros danificados já foram substituídos, o que fez com que muitos usuários se assustassem com a mudança no valor no talão. Para casos de hidrômetros com defeito, o registro era zero, gerando pagamento mínimo e perda de receita.
Segundo o Diretor Interino do DAE, Marcelo Novais Borges, o objetivo era trocar todos os hidrômetros ainda este ano, mas como não consta no orçamento valor para a compra de todo material para substituição, boa parte terá que ficar para 2022. ”Estamos fazendo um trabalho diferenciado. Com o novo sistema Android que nós implantamos, o leiturista colhe dados do consumo e fotografa o hidrômetro, comprovando a situação em que ele se encontra. Com isso, todas as imagens são descarregadas em um computador do DAE, que armazena os dados do usuário, inclusive o horário da leitura. Com certeza, além do aumento na arrecadação, estaremos promovendo justiça social”, argumentou Marcelo.