Batata, tomate ficam mais caros, e frutas registram queda nos preços para comerciantes

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Segundo a Conab, valores das frutas recuam devido a oferta maior, com menor demanda; transição de safra prejudica legumes
Agência Brasil – O volume de chuvas do final de 2022 e a transição da safra de inverno para o verão são os principais fatores responsáveis pela variação de preços dos produtos de hortifruti para os revendedores, informa o balanço divulgado nesta terça-feira (17), em Brasília, pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
O 1º Boletim do Prohort (Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro) de 2023, de janeiro, que apresenta dados coletados no mês anterior, identificou alta das cotações da batata e do tomate nas Ceasas (Centrais de Abastecimento). Ao mesmo tempo, revela queda nos preços no atacado da banana, laranja, mamão e melancia.
Situação similar foi observada com o tomate, cultura que também enfrentou a transição de safra. “A alta da média ponderada de preço em dezembro foi de 18,37%, em relação à média de novembro. Os níveis atuais de disponibilidade do fruto nos mercados não sustentam os preços, pressionando-os para cima”, justifica a entidade.
No caso da batata, os preços estão em alta “na maioria dos mercados”, com o preço médio ponderado subindo 5,71% na comparação com novembro. As maiores elevações foram observadas nas Ceasas de Rio Branco, no Acre, de 61,40%, e do Rio de Janeiro (20,38%).
Frutas mais baratas
A queda no preço da banana foi influenciada, principalmente, pela maior oferta da banana nanica, favorecida pelas chuvas e pelas temperaturas de novembro nas principais regiões produtoras, o que resultou no enchimento nos cachos e melhorando as vendas.
“No caso da banana prata, tivemos uma oferta controlada, mas com alta de preço. Houve um ligeiro aumento da oferta, com queda de preços para a banana nanica”, detalhou o gerente-substituto de produtos hortifrutigranjeiros da Conab, Ênio Souza.
O mamão papaia também teve oferta controlada, enquanto o formosa mostrou um pequeno aumento da produção em regiões da Bahia, do Rio Grande do Norte e do Ceará.
“As exportações [de mamão] em 2022 caíram por causa da baixa oferta nacional, decorrente de problemas nos anos anteriores, que resultaram em redução da área plantada”, argumentou Souza.